segunda-feira, 5 de julho de 2010

Em busca da poesia mal interpretada...

Fingi,
sem pretensão de ser espetacular.
Fingi,
sem medo de ser caricato.
Fingi por hábito.

Disfarçamos um rir, risos seduziram-nos!
Em meio aos flashs distraídos ficamos em uma pose escultural.
E nossa labuta sublime virou simples trato operário.
Ficamos a fazer.

Sorrindo só teremos o fingir e nos mascaramos com um pingo vermelho no nariz!
Chorando só fazemos um mentir de dores existenciais de um personagem inexistente!

E juramos vida eterna a esta arte,
e morreremos por amor arte!

E mesmo depois de morrer, continua-se a sentir.
Não deixarás de sentir, a menos... Que te joguem as imbecilidades das massas.
Mesmo assim transformaremos as tolices em algo ilustre, só para rir das banalidades, só pra chorarmos de algo maior que toda esta mediocridade.
Iremos nos convidar a experimentar por sobre tudo isto, sem simular!

Retomamos a verdade não existente de nossa fé cênica e profana.
E nossa responsabilidade de senti-la é tanta (oh verdade) - tanto que às vezes (ou sempre) até dói!
E doer já não é um mal, nesta nova interpretação:
É sentir a vida gritar contra toda a morte,
É sentir a morte lhe dizer torturas vãs.
É pedir permissão à vida pra expressa-la em salas.
É perder-se em salas vazias de dores emprestadas,
E toma-las como se fossem prozac e fluoxetina de máscaras clássicas.


Barbara Teodosio e Jvnivs Cæsar

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