terça-feira, 14 de maio de 2013

o feliciano, cada sicrano tem o fulano que deseja


O Feliciano,
Cada Sicrano tem o Fulano
Que deseja,
O amor é a solução,
Onde quer que ele esteja.
Uns fulanos estão sozinhos,
A espera de um benzinho.
Umas sicranas desejam loucas,
Alguém que as ouça.
Desejamos pele e carinho,
Respeito e muito tesão.
Não importa se é passarinho ou periquita que esta na mão.

O Feliciano,
Cada Sicrano tem o Fulano 
Que deseja,
Não há psicologia, 
Resolução ou igreja,
Que nos cure do amor, 
Que temos pelos iguais, em sexo e em dor.
Por isso deixe de lero lero contra os homossexuais.
Isto é perda de oração, 
Com tantos beltranos morrendo de fome,
A espera de uma adoção.
O ser humano se superando na crueldade, 
Queimando sicranas, estuprando fulanas,
Violando beltranos!
Esta na hora do povo exigir sua humanidade!
Os gays são mais uns perdidos nesta filha da puta de sociedade.

O Feliciano,
Cada Sicrano tem o Fulano,
Que deseja!

domingo, 2 de dezembro de 2012

Se eu me chamasse Drumond

Mundo, mundo, vasto mundo
Se eu me chamasse Raimunda
Estaria no Domingão do Faustão
Na banheira do Gugu
Na novela das oito
ou em uma série de Humor

Mundo, imundo, vasto mundo
Se eu me chamasse Drumond
Seria vasto o meu coração.

Barbara Teodosio

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Dar certo


O mundo gosta das pessoas que deram certo. 
Dar certo, o que seria?
Deve ser isto de ganhar na loteria,
De casar e ter filhinhos,
De ter um diploma penduradinho,
Um trabalho digno,
e ir à igreja aos domingos...
Ou dar certo não seria nada  disto,
Seria dançar forró na terceira idade,
Divorciar-se aos 40 daquele traste,
Pular de pára-quedas em plena crise dos 30,
Suicidar-se aos 18,
Matar aula aos 12.
Como saber se alguém deu certo?
Que conceito mais incerto?
Que bobeira de pensar, 
Vou dar certo com amigos em qualquer mesa de bar,
deixei as certezas  para a prova de vestibular.
Por que felicidade é uma forma de olhar.

Barbara Teodosio

Pequenos contos de: Ana adormece.

Ana e o porta-retrato ao lado da cama, a imagem que embalará   seus sonhos, um anjo que guarda, um pesadelo que repete. Ouve as últimas palavras do livro das "Desventuras do Dia". Retrata o  instante que guardará seus sonhos, para inspirar a trama. Adormece o sono pesado de:
...
A cada noite uma nova visita.

Barbara Teodosio

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

querida

Tem gente querida,
tem gente de ida,
tem gente que quer

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Desculpas

Há dez culpas entre nós
talvez mais que isto,
talvez menos que aquilo.

Cem desculpas não bastaria
Por que a culpa não arredia
Ela fica.


...talvez por não ter ido,
talvez por não ter dito...

Trânsito.
Hora.
Morte da Vó.

Há sempre ficção em uma desculpa.

Esfarrapada sem culpa ela vai ao ouvido do iludido.
Pede des...(préfixo de negação).
Nega a culpa.
A culpa não é tua.

Barbara Teodosio


Cala

Tava cá ... dentro
Foi lá...mento

Barbara Teodosio

terça-feira, 10 de julho de 2012

Ciume dá chulé , não é?

Ciume dá chulé,
Não é?
É

Não pegue no pé

Pegue na mão
I vão

Barbara Teodosio



domingo, 13 de maio de 2012

Indecisão Feminina

Ó indecisão feminina.
Ela não sabia o que queria:
unhas vermelhas com calcinha cor de pele.

Olhar Intimidador


Olhar intimidador
nos tímidos olhos intimados.
Tímida dor calada
no baixar das pálpebras,
no fechar dos lábios.
Entrelaçados os corpos é terminado o ato.

Olhar íntimo
Nos despertos olhos remelados
Tímida dor contada
Então vêm as falas temidas
de esperanças reprimidas.
Palavras bonitas, repetidas, ditas, repetidas, tidas.

Trama o nariz nos cabelos
Dá-se um cheiro e vai-se embora

Sem drama
Sem enrola
Sem cama

Barbara Teodósio