terça-feira, 24 de agosto de 2010

Coisas da paixão

Coisas da paixão, que infelizmente com o tempo passa.
É incrível como no primeiro olhar somos sempre a coisa mais bela do mundo. E nas conversas compartilhamos das mesmas opiniões, e as frases mais comuns soam com tanta originalidade e sinceridade.
O primeiro toque sempre arrepia, mesmo sendo nos cotovelos, e é bom aproveitar o gosto do primeiro beijo, pois nunca mais se repetirá.
E não há nada mais misterioso e amedrontador como a primeira noite, pelo menos para as mulheres, para os homens deve ser assim: não há nada mais esperado e desejado como a primeira noite.
No começo fomos feitos um para o outro, no meio percebemos que não é bem assim, e no fim não conseguimos entender como fomos nos apaixonar por esta pessoa tão feia, imatura e idiota.
Coisas do fim da paixão, que felizmente com o tempo passa.
E então podemos voltar ao começo.


...Suspiros são doces...
...Lágrimas salgadas...
No amor há de se aguçar o paladar!
Despertar os sentidos,
para perdê-los logo a frente.

Barbara Teodosio

domingo, 22 de agosto de 2010

Pequenos Contos de: Ana Amar Mar

Ana Amar Mar

Ela adora o mar, olhar o ir e vir das ondas e pensar que a vida é assim um eterno repetir.
Tinha de ser um mar bravo, para sentir as ondas fortes nos ombros lhe dando a sensação de lavar a alma.
Mergulhava fundo, e ao surgir na superfície seus olhos lacrimejavam.
Saia desengonçada  e leve como alguém que após meses na escuridão vê o nascer de um novo dia.
O dia que esta nascendo promete sol!

...Foi assim como ver o mar, a primeira vez que meus olhos se viram no seu olhar...

Cantarola Ana em seu chuveiro, não pode ter o mar, porém esta pronta para amar.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pequenos Contos de: Ana Morta Viva

Ana Morta Viva

Vive correndo os dias as coisas sempre móveis, ela não consegue palpar, sente-se como se estivesse morta. Seus últimos beijos não tiveram som de sinos, sua ultima aparição não foi espetacular, sua literatura anda barata e sem revisão, sua vida parece  noticias de última hora, sua vida por ultimo.
Sempre sem tempo, sempre levando como dá, empurrando com a barriga.
Ana não gosta das coisas deste modo, para ela cada dia é uma nova possibilidade de grandiosidades, mas ultimamente é só um dia a mais.
Dentro de seu casulo conta os dias para as asas nascerem e poder voar belamente em um dia de vida.

FOTOS: Peça "Oração" Cia Os Hedonistas.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pequenos Contos de: Ana e seu Platonismo

Ana e seu Platonismo

Tinha uma mania de amores platônicos, desde quando começou a se apaixonar era assim.
Imaginava no inicio príncipes encantados, depois sonhava com super-heróis a salvando em meio à queda do ideal passado.
Um dia inventou que um vilão a vingava matando o herói, e após tantas emoções teve um romance com um surfista em tardes de sol.
Ela teve um caso com um rock star, e com olhos irritados de flashs, passou tardes em cafés com um filósofo charmoso.
Não sabia mais o que imaginar, em meio a tantas histórias inventadas, Ana cansada só queria um pouco de realidade, um carinho e amar.

Pequenos Contos de: Ana à Primeira Vista

Ana à Primeira Vista


Ana só acreditava em amor à primeira vista, era assim olhava e já sabia, foi amor. Intimidade é algo fácil de obter, basta um sorriso sincero, algo não tão fácil de encontrar.
Ela era sensível, difícil de quebrar, porém sensível.
E de primeira ela avistou um sorriso que lhe dizia sinceramente “vem” então foi... Foi, deixou rachaduras, mas nada se quebrou, e com sua sensibilidade Ana compreendia que o amor tem destas coisas que vem e foi, mas nunca é vão.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Pequenos Contos de: Ana e Companhia

Ana e Companhia

Ana nunca está só, sempre vem acompanhada, de uma: Renata, Bárbara, Natalia,Priscila,Lais, Joisce, Helena, Patricia e lógico da Maria.
Ela necessita de complemento, dialóga com suas identidades amigas, com elas aprecia a doçura com elas engole armagura.
Elas são muitas, um pouco confusa, coisas de mulheres, tpms e hormónios.
Chora de desespero, ri de desespero, grita de desespero.
Já foi mãe da alegria e já foi orfã de amor.
Faz barulho e pede silêncio.
Ah tem seus momentos de extrema euforia melancólica.
Por ser tantas Anas no caminho, com tantas manias e gestos, é que sempre terão um conto pequeno a narrar sobre Ana.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Pequenos Contos de: Ana Má Garota

Ana Má Garota

Ana ás vezes é uma garota má. Ela tenta ter bons pensamentos, mas tem certas coisas que a tiram do sério.
Um dia uns meninos arrancaram a cabeça  e membros de suas bonecas, e enquanto ela chorava eles diziam que elas não eram gente.
Ana desejou à eles todo mal possível de se desejar.
 Pois suas bonecas eram crianças, e enquanto tentava juntar as partes em meio a lágrimas, via suas mãos ensanguentadas de sonhos desfeitos.

Pequenos Contos de: Ana e o Que se Passa em sua Cabeça?

Ana e o Que se Passa em sua Cabeça?

Ana tinha umas manias de pensar, e assim pensativa ficava horas.
Em sua cabeça passavam mil e uma besteiras.
Imaginava cada uma essa Ana!
Um dia pensou na vida, não na sua, mas na dos outros sem nome e vez, e agora ela não tira isto de sua cabeça.

domingo, 8 de agosto de 2010

Pequenos Contos de Ana: Primeiro Tombo de Amor

Primeiro Tombo de Amor

Andava tão machucada, seu joelho ralado tinha formado casquinha, ela temia outro tombo.
Contemplava sua bicicleta e o medo foi desaparecendo então veio o desejo de se aventurar, contornar a situação e desvendar seu quarteirão com o vento em seus cabelos soltos.
Porém desta vez foi sozinha, pois não confiava quando lhe diziam que não iriam soltar, recolocou as rodinhas uma atitude covarde, mas aprenderá que covardia às vezes é algo necessário.
Ana sabe que daqui a pouco arrancará as rodinhas, e levará outros tombos, a diferença é que agora Ana sabe.

Pequenos Contos de: Ana à Contar

Ana à Contar

Ana era bela, uma beleza transparente como água pura.
Ana era pequena, porém crescia a cada novo olhar.
Ana encantava com seu sorriso que cismava em teimar que a vida é alegria.
Ana desencantava ao falar verdades em voz alta. Ana era uma menina se tornando mulher, um pouco perdida e desiludida, mas que sonha e batalha no dia-a-dia.

domingo, 1 de agosto de 2010

PEÇA: Como me tornei bruta flor

Hoje foi um otimo domingo graças a esta maravilhosa peça,com bom texto, boas atrizes, cenas lindas, é bom assistir boa arte, é inspirador, eis alguns trechos do texto:



Sim, já abandonamos e abandonados fomos...
Cada posição tem seu encanto...
Digo do abandono, esse jogo gangorra de desdobramentos onde revezamos papéis...
O amor tem dessas coisas!
Tudo tão intenso e inesgotável... até que acaba...


Me liga!
mesmo para me dizer as piores coisas, para me falar de desamor, mas me liga!
Me faz sentir presente na tua vida que começa a ficar distante e a nos tornar ocasionais...
O tempo se reduz ao telefone que não toca
trazendo a tua presença que se esvai da minha vida...



Te amar me fazia companhia...te amar me botava pra dormir todas as noites e me acariciavam o coração doído...



Que morram as julietas e se afoguem as ofélias, que sarem as cassandras que há dentro de mim...Que brotem helenas, que insurjam amantes, muitas e pulsantes, de tempos distantes, me fazendo sorrir...