domingo, 27 de março de 2011

Meu Humor Anda Variando da Cabeça!

Meu humor anda variando da cabeça!
de uma pra outra
de outra pra uma.
 
É um corpo desconexo,
sem nexos,
com sexos que varia
vacila.
Criar um mundo de contar eras e vez,
De uma vez que era,
Daquela história que fez.
Eras uns universos de possibilidades.
Vez de diversas histórias.
 
Será que existe?
Ou é só imaginação?
 
Seres assim tão fortes, de tantas cabeças, saindo de braços cruzados e pernas marcadas!
Ah...não, é só mais da mesma diversão, desejando a outra vida desencanada
Encantadas com nadas...
A vida é resquício do que meu amigo?
Estais a falar de quais benefícios?

Barbara Teodosio e Jvnivs Cæsar

quinta-feira, 17 de março de 2011

Hoje meu dia foi salvo

Hoje eu pedi aos céus para que algo me tirasse do lugar onde me encontrava, e desejei não sentir coisas tão feias, quis desistir e queimar todos os meus livros.
Não estou acostumada a pedir aos céus, então esperei a sua resposta, sem esperança...
E eis que...
Hoje meu dia foi salvo, e posso sentir o gosto doce destas últimas horas da noite, e esquecer a amargura do horário comercial.
Não me sinto mais cansada do mundo, mas ansiosa por vida.
Não haverá lágrimas ao dormir, no lugar delas, criarei uma bela história me ninando o sono..
E meus dias continuaram sendo salvos:
Enquanto as flores roxas puderem ser colhidas,
Enquanto as palavras erradas puderem ser corrigidas,
Enquanto as pessoas queridas puderem voltar nos feriados,
Enquanto existir reencontro de sorrisos delicados,
Enquanto houver um céu azul adiante e misericordioso.
Agradeço aos santos, super-heróis, aos céus, a Deus, as pessoas de ombros largos.
Obrigada, hoje foi mais um dia salvo!


Barbara Teodosio

quarta-feira, 9 de março de 2011

Autores: Zulmira Ribeiro Tavares

MULHERINHA MULHERANDO


Três coisas nela são frias:
- o dedo dos pés
- a ponta do nariz
- o bico das tetas
...De quente ela traz o hálito
...e ofega.
O que tem de quente
e o que tem de frio
fazem as duas metades da noite.
Ela espanta as dores do mundo
 acende as luzes da cidade.

Zulmira Ribeiro Tavares

sábado, 5 de março de 2011

Conto feminista de uma família real

Conto feminista de uma família real



E o príncipe encantado enfim chegou a torre, após algum tempo no boteco da esquina e em motéis baratos. O seu caráter estava um pouco falho, mas nada que desonrasse sua figura. Em cima da penteadeira da princesa ele viu um bilhete que estava escrito “Volto já, fui ali comprar cigarros...” Ele achou estranho, pois a princesa não costuma fumar, mas como estas mulheres são cheias de inventar moda ele resolveu esperar no sofá enquanto via um jogo de futebol. Ela voltou estava um pouco redonda, mas ele resolveu não comentar, e assim nascia mais uma feliz família real!


Barbara Teodosio

quarta-feira, 2 de março de 2011

Papo de Indio

Lembra do indiozinho abandonado na floresta que era cuidado por animais. Então em um dia comum ele resolveu brincar com as flores e se lambuzou de polén, ficou brilhando, porém a assustadora maribonda ao ver isto falou:


- Você tem piroca ou tem piriquita? o que te disse sobre brincar com as flores e ficar brilhando? isto é coisa de quem tem piriquita! ontem  te vi no banho e você tinha uma piroca, será que ela rachou durante a noite?


O menino não disse nada pois, não sabia usar as palavras e aquele papo de índio havia lhe confundido a cuca. Ele só queria virar flor para que as abelhas pudessem o levar aos poucos até sua colmeia, assim ele poderia se tornar mel e  adoçaria a amargura sua de todo dia.


Texto inspirados em falas reais, em amarguras reais, em frieza real.


Barbara Teodosio