domingo, 29 de abril de 2012

Pequenos contos de Ana: À Borboletar

Ana anda numas novas ondas.
Esta cada vez mais moderninha esta Ana.
Saiu do casulo e foi acasalar-se com a liberdade das asas, coloridas e brilhantes, agora ela é a mais bonita de todas as Anas.
E não venha o passado bater a porta, ela foi viajar por boas novas.
Não foi o que ela encontrou no caminho, não, é que Ana se encontrou a caminho.
Borboleteia na aquarela das flores, sem bem-me-quer/mal-me-quer, é só querer ficar pra poder estar.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Parafraseando João Cabral de Melo Neto com meu amigo Junior no facebook

Começa assim:

O Teatro comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O teatro comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O Teatro comeu meus cartões de visita.O Teatro veio e comeu todos os papeis onde eu escrevera meu nome.
O  Teatro comeu meus finais de semana, comeu minha paz, comeu minha solidão.O Teatro se lambuzou do meu desejo e aprecia minhas doses  de alegria. O Teatro comeu minha inocência, minha honra e toda a decência.O Teatro vomitou minha intransigência e minhas mesquinharias...
O Teatro me comeu, me come e que me coma.
E o Teatro me deixou em coma...


quinta-feira, 5 de abril de 2012

O que o retrovisor uniu a seta há de separar


Tarde vazia pede uns DVDs, feriado pede estrada, após encher o tanque vem um sms com boas novas, som nas alturas e sinal fechado. Olhar para o retrovisor, olhos no retrovisor, sinal fechado, olhares no retrovisor, sorriso no retrovisor, sinal fechado, seta ligada, olhar, sorriso, sinal aberto... Ele vira, ela segue, ele acena, ela percebe sua seta ligada indicando o caminho errado. AAAaaaHHH imundice de seta.
...Triste final é aquele que não existiu...