terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pequenos Contos de: Ana Morta Viva

Ana Morta Viva

Vive correndo os dias as coisas sempre móveis, ela não consegue palpar, sente-se como se estivesse morta. Seus últimos beijos não tiveram som de sinos, sua ultima aparição não foi espetacular, sua literatura anda barata e sem revisão, sua vida parece  noticias de última hora, sua vida por ultimo.
Sempre sem tempo, sempre levando como dá, empurrando com a barriga.
Ana não gosta das coisas deste modo, para ela cada dia é uma nova possibilidade de grandiosidades, mas ultimamente é só um dia a mais.
Dentro de seu casulo conta os dias para as asas nascerem e poder voar belamente em um dia de vida.

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