domingo, 11 de setembro de 2011

Artesã

Pôs-se a fazer artesanato com seu tempo mais precioso:
Da beleza,
Da descoberta,
Da utopia.
Fiava seu destino,
Como fosse velha,
Como fosse deusa,
Como fosse possível!
As linhas embaraçadas
Iam, vinham, encruzilhavam-se sem oferendas.
Seu momento de espanto encontrou-se com o susto do amor.
Paciência e disciplina na hora de colocar as contas...
Que contas?
Como fosse uma,
Como fosse duas,
Como fosse matemática!
Não tinha dom pra artesã,
Conseqüentemente comprava um destino pronto
na loja das convenções.
Como fosse possível!

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